terça-feira, 11 de outubro de 2011

Saudade.



(Última foto de todos juntos - Dedé quase não aparece, está atrás de minha vó)











Se passaram 5 anos, mas a saudade continua a mesma... ou até maior!
A única diferença trazida com o tempo, é que a gente aprende a conviver com essa ausência... aprende a se acostumar com o vazio que fica quando alguém importante vai embora.
Carlos Alberto, meu avô Carlos... Charles para alguns... Jaiminho para a família de casa... Minho para mim... ele era uma pessoa incrível!! Extremamente solidária, culta, tagarela, inteligente, carinhoso... do bem! Todas as pessoas que o conheciam, gostavam dele!! Era impossível não se encantar!! Ele era uma pessoa extremamente BOA, um dos corações mais grandiosos que já conheci na vida. Tinha defeitos como todos nós mortais, mas eles eram facilmente esquecidos se comparados com as inúmeras qualidades que possuia.
Tudo que ele fazia na vida era pensar na gente (eu, meus irmãos, minha mãe e minha vó), e no que poderia dar ou fazer por nós! Fui pra Disney por conta dele (e minha vó)... conheci a Europa pela primeira vez, graças a ele... tive a chance de ir morar no Canadá, também graças a ele (e meu pai)... antes de completar 18 anos, tinha meu carro na garagem... advinha quem me deu? Ele realizava todos os meus sonhos que estavam ao seu alcance, dos mais bobos, aos mais difíceis, tentava fazer todas as minhas vontades (na medida do possível), mas nunca deixando de me lembrar que o mais importante não era isso, mas sim todos os princípios e valores que ele me passava todos os dias.
Em 2006 ele partiu, vítima da enfisema pulmonar, deixando uma dor sem tamanho dentro de mim, que eu nem sabia que existia... uma sensação de perda inimaginável... uma saudade descontrolada... uma vontade de voltar no tempo e gastar mais horas conversando com ele, recebendo seus carinhos, sentando no seu colo e ouvindo suas histórias, escutando suas mesmas piadas... ah se eu soubesse que nosso tempo juntos seria mais curto... teria aproveitado mais! Mas na vida, a gente nunca sabe né?
O que me conforta é saber que eu tive o melhor avô e padrinho do mundo... que fui beneficiada por ele de todas as maneiras possíveis e que tentei retribuir o enorme amor que ele sempre me dava. Espero ter conseguido.
Onde quer que ele esteja, não tenho dúvidas que está olhando por mim e cuidando e protegendo todos nós, como ele sempre fez quando estava por aqui.
A certeza do reencontro acalma o coração e a alma... até lá... vivo da saudade e das boas recordações do seu sorriso, do seu ciúme de mim, dos resmungos, das suas manias, da sua bondade, da sua alegria, do seu amor incondicional por nós.


"É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais...
E cedo demais
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder..."
(Renato Russo)


E abaixo, o vídeo na íntegra.

Love in the Afternoon


7 comentários:

  1. Ai nandinha, q lindo post, e q lindas fotos!! sei o quanto vc amava seu avô e como deve ser grande a saudade! mas como vc disse, ele agora é mais um annjinho no céu olhando por vcs!!
    bjos

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  2. Cinco anos já amiga? Como passa rápido! Lembro do seu sofrimento e de como foi difícil. Mas o tempo ajuda a amenizar e faz com que nos acostumemos com a falta. Lembro tanto dele quando ia na sua casa, achava ele uma figura!!
    Amo vc e guenta a saudade que um dia vcs voltam a se ver! :)

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  3. Lindo nanda! Perder alguém que a gente ama muito é bem difícil, mas é preciso ter força e fé pra seguir adiante até o reencontro ser possível!
    beijos e fica com deus!

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  4. Nandinha linda, sua história de amor com seu avô é uma coisa muito bonita. Feliz de vc que teve e viveu um amor assim! Agora que ele se foi, ficam as melhores recordações e uma saudade intensa, mas que só prova o quanto o sentimento era forte e bonito. Com certeza ele está lá em cima ajudando muitas pessoas e tomando conta de vc!
    Bjoss

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  5. Uma verdadeira e linda historia de amor entre vcs dois!! Imagino sua saudade amiga, mas lembre-se sempre dos momentos maravilhosos e da sorte q vc teve por ter um avo tao incrivel! :)
    te amoooooooooo!!

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  6. Olá Fernanda,

    Sempre corro aqui depois das segundas-feira, porque sei que terá post novo seu. E cada vez que venho, gosto mais do que leio aqui! Vc tem uma maneira muito especial de tratar de temas soltos, assim como dos seus próprios sentimentos.
    Muita bonita a homenagem a seu avô, ele parece ter sido uma ótima pessoa. Tenho certeza que está em um ótimo lugar olhando por vc.

    Beijos

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  7. A saudade no meu peito é tão grande ainda e, parece, que ela crescer a cada dia. Ela acaba se harmonizando com as lembranças, com o tempo, com a necessidade de continuarmos vivendo. Mas...em nenhum momento ela se esconde ou desaparece. Me pego ainda correndo para o portão quando um carro buzina...parece mentira, mas acontece. Não consigo acreditar que ele me deixou por conta,sózinha,dessa nossa família. Quanto ele dava conta de todos nós! Quanto ele sabia satisfazer os mais pequenos desejos, como os sequilhos das freirinhas do Convento do Carmo. Não tem ninguém, que eu conheça, que tenha sido mais romantico do que ele, tanto com mainha , quanto com todos nós. Não é porque morreu que virou Anjo não. Ele tinha o lado irritado, mal-humorado(rrrr....), radical, ciumento mas...superado pela dedicação, pelo poder de AMAR a todos e, a toda humanidade; pelo bondade para com o próximo; pelo seu senso de justiça; pela dignidade e honestidade em tudo que fazia; pelo trabalhador incansável e responsável...por mil e umas outras coisas.
    Perdi meu chão, minhas paredes, meu teto.
    Há 5 anos que venho reconstruindo a minha vida sem ele. Me sinto muito só quanto o tema é DECISÃO, pois tinha nele uma segurança infinita.
    Bem...não podemos contrariar a decisão Divina e, sim, aceitar e ter a esperança do reencontro e, nesse momento vou voltar a ser feliz completamente.
    Saudades meu Pai!!!
    Fique aí me esperando que um dia eu chego e vamos tirar o atraso.

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